RUY  DALBEM - MACHU PICCHU

PORTO ALEGRE - MACHU PICCHU 2011

todos os anos fazemos uma viagem longa, e esta é a quarta viagem;

saimos dia 11set2011 em 8 motos, duas GS650 (Renan Dalbem e Javier Pallero), duas vstrom 650(Beto Krumel e Alexandre Dalbem), uma GS1200 (Ruy Dalbem), TDM900 (Roberto Saggin), bandit 650 (luis Lacerda), hornet600 (Volmir Ferreira);

nosso destino era machu picchu, no Peru, mas queríamos também conhecer La Paz (Bolívia), o lago titicaca e suas ilhas artificiais flutuantes; duas estradas fantásticas estavam nas nossa programação: a transoceânica (selva peruana e cordilheira dos andes) e a ligação de Arica (litoral do Chile e La Paz);

nosso roteiro saia do Brasil por São Borja, atravessava a Argentina, cruzava a fronteira do Chile no paso de jama (cordilheira), seguia até o oceano pacífico, margeava este até Arica e voltava a cruzar a cordilheira, em direção a La Paz. Seguimos para Puno (lago titicaca - mais alto lago navegável do mundo, a 3850m de altitude), e finalmente Cusco (Machu Picchu). A volta seria pelo Acre, Rondônia, MT, MS, PR, SC e RS.

Ainda na Argentina, no meio do calor infernal do chaco, uma das motos ficou sem farol (nem luz baixa, nem luz alta); desmontamos e fizemos uma gambiarra para deixar um das lâmpadas funcionando;

Subindo  em ao direção ao chile, um dos integrantes (eu) teve uma dor de barriga e foi obrigado a fazer o serviço no meio da cordilheira, com direito a fotos constrangedoras dos colegas;

a estrada de Arica até La paz tinha sido recomendada por um amigo (Alex), como sendo a estrada mais linda por onde já passou; realmente a estrada é lindíssima, MAS estava em obras, sem asfalto por 60 km, e foi TERRÍVEL; muita poeira, caminhões, pedras soltas, e dois tombos; radiador furado, disco de freio dianteiro empenado, e vamos seguindo a viagem;

na fronteira com a Bolívia, dois dos integrantes sofreram com o mal da altitude, com direito a vômitos, enjoos, tonturas, ...; fomos obrigados a pernoitar na fronteira (Tambo Quemado); todos sentiram a altitude, mas dois passaram muito mal; o alojamento disponível era péssimo, nem banho tinha; dormimos de roupa e fazia MUITO frio. As motos foram guardadas dentro de uma armazem/bar do vilarejo; um dos  colegas não teve seu passaporte carimbado na entrada do Chile e foi difícilconseguir sua liberação na fronteira (queriam que ele voltasse por onde entrou, a mais de 1000km de onde estávamos);

chegamos em La Paz. a moto avariada foi para conserto provisório. La Paz é fantástica: é a Índia da América. Tudo que vemos na TV sobre a ìndia, você v~e em La Paz: venda de carne, pão, frutas, ..., no meio da rua, no meio da sujeira, poluição, sem as mínimas condições de higiene, população tipicamente indígena, e trânsito INFERNAL: todos buzinam, e isto acontece por 24h; tem guarda de trânsito até nos lugares com sinaleira (eles não respeitam); La Paz é uma cidade grande construida na cordilheira, com declividades fantásticas, paisagens de encher os olhos;

Seguiimos para Puno, na margem Peruana do lago titicaca. Visitamos as ilhas artificiais - UROS. Eles utilizam uma planta muito parecida com nosso Junco. A parte mais tenra é comida pelos habitantes, a parte menos tenra é dada para os animais e a parte mais dura é usada para fazer as ilhas, casas, ...;

Chegamos a Cusco e contratamos um pacote para ir até Machu Picchu. È FANTÁSTICA a construção e organização da cidade. Os encaixes das pedras é PERFEITO, os canais de água entalhado nas pedras. ....;

Cusco até Rio Branco (Acre) foi pela rodovia IMPRESSIONANTEMENTE bela, a transoceânica; Nesta rodovia, construida por empresa brasileira, temos a cordilheira, com mais de 4.500m de altitude e neve, e temos a selva peruana, com seu calor úmido e seus garimpos. Esta é, sem dúvida, a rodovia mais sensacional que já passei !!!!

a volta pelo Brasil foi terrível, MUITO calor, com o termômetro marcando até 42 graus; rodávamos 100 km e parávamos pra molhar toda a roupa, amenizando o calor. Antes de chegarmos e Campo Grande outra moto teve problemas e foi levada de guincho; tudo resolvido na manhã seguinte;

Nosso grupo de amigos costuma viajar junto durante o ano, afinando o relacionamento e participamos do grupo ROTAX.